sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Centenas de pessoas prestigiaram o 4ª ALUJÀ NA PEDRA DE XANGO , sediou a 1ª Conferência de Mulheres Y


Em Comunidade Tradicional de Terreiros em Outubro 6, 2011 às 10:18 am
N°o1- 6  de outubro-Guaíba- RS –Brasil
REVISTA CONEXÃO AFRO
Esse é o Balneário Alegria , onde está  localizado a Pedra de Xangô e a Gruta de Mãe Oxum na  Praia da Alegria, esse  é  o espaço  onde religiosos vem lutando pelo reconhecimento de  patrimônio Imaterial. Este cenário  abrigou religiosas do estado para:
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ABERTURA DA  CONFERÊNCIA DE MULHERES YÁS DE TERREIROS TRADICIONAIS
" O sonho se faz à mão e sem permissão." ( Silvio Rodriguez)
Durante dois  dias, em Guaíba , reuniram-se  Mulheres Yás de Terreiros Tradicionais com suas filhas de santo. Assistiram painéis de debates, apresentações culturais.  
Participaram  de discussões , trocas  de experiências , principalmente nos trabalhos de grupo, onde indicaram as propostas de diretrizes,  as quais foram objeto de votação no plenária final, cujas  resoluções  foram pauta finais  na   1ª Conferência Estadual de Mulheres Yás de terreiros Tradicionais.
Nos  dias 24 e 25 de setembro, datas  que  ficaram  marcadas na história do Estado. O evento ocorreu  na   Praia da Alegria, possui lugares que fascinam os visitantes,por sua beleza e encantos natural. O cenário  é  de contemplação, e  de  tamanha beleza,  justifica   a  digna escolha para o registro oficial da 1ª Conferência Estadual de Mulheres Yás de Terreiros Tradicionais e o 4º Alujá na Pedra de Xangô. Por essas razões temos o compromisso de partilhar a memória visual.
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As três edições de conferência estadual de mulheres no estado do Rio Grande do Sul, existia uma laguna, não falavam das necessidades de politicas especificas para as mulheres mães de santo  que comandam casas de tradição. Este ano o relatório final  da 4ª Conferência, vai constar  o protagonismos da 1ª Conferência de Mulheres Yás de Casas Tradicionais, para essa ação foi constituído em GT  para organizar um  conjunto de casas chamar a conferência, para ser discutido temas de interesses desta comunidade para serem preenchidas as lacunas. Provocando uma intensa movimentação e muita celebração. De acordo com a ficha de  credenciamento, centenas de pessoas participaram do evento.
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Abertura Mística: Rompe o silêncio com toque de atabaques e cânticos sagrados para os orixás, sob a responsabilidade do Alabe Antônio Carlos de Xangô, mesmo ele tendo reconhecimento é bom reafirmar que Alabê Antônio Carlos é de comunidade tradicional, onde os seus pais biológicos, mãe e Pai e os 30 irmão todos foram tamboreiros. Hoje ele é requisitado no Brasil, assim como em paises que possuem casas que tem as nações do batuque do sul, como autoridade legitima do tambor. Foi o máximo que as mulheres de terreiros se autorizaram a tê-lo para abrir a conferência.
SPM participou da Conferência Temática de Yás
 
Composição da circularidade -
Senhor Henrique Tavares , Prefeito do Municipio de Guaíba; Senhora Marcia Santana, Secretária Estadual de Políticas para as Mulheres; Senhora Cláudia Mara Borges , Secretária Municipal de Turismo e Cultura ; Senhora Jussara Brito, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher; Senhora Marina Toledo Presidente do Banco de Alimentos de Guaíba; Senhora Geni Costa Leite, Representando as Yás do Municipio de Guaíba;  Senhora Valkiria de Oxum Olobá- de São Leopoldo , Representando as Yás do Rio Grande d o Sul;  Senhora Angelica Mirinhã, Representando a CMP- central de Movimentos Populares ; Senhora Carmen Lucia Silva de Oliveira- Representando ao Movimento 13 de maio Abolição Não Conclusa para as Mulheres Negras;
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Painel: O resgate da História das religiões de Matrizes Africanas.
Painelistas: Historiadora Samanta
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Painel 2 – Como Romper com o Preconceito
Painelistas: Mãe Rose   – Alvorada
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12h – Almoço AJEUM
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15h30 – 17h –
Painel: Os Rituais e o Meio Ambiente.
Painelistas Mãe Élida – Associação Cultural do Povo Bantu.
Painel: A Sustentabilidade dos Terreiros tradicionais 
Painelistas:   Mãe Carmem – ASSOBECATY
Debate
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No final da tarde o  terreiro Inzo Muzambu Nkisi Kaia dirigido por Mãe Geni de Iemanjá( KAIA),  realizou um Toque aos Caboclos  da Umbanda.
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A atividade Cultural, ficou com o Grupo de Capoeira Guarda Negra, que finalizaram ás atividades  do dia 24 de setembro.
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A Secretária de Turismo E Cultura preparou uma surpresa com efeito visual, quando anoiteceu, todos  ficaram encantados  com a  iluminação da Pedra de Xangô. Convenhamos, ficou maravilhoso cujo  visual  destaca a beleza exuberante da Pedra . Lugar  que por si só , já  fascina os visitantes,  pelos seus  encantos naturais.Apelo as questões  das Comunidades tradicionais de Terreiros.
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AV.  Brasil esquina Rui Barbosa - Praia da Alegria - GUAÍBA RS - BRASIL
âo da PEDRA DE XANGÕ Patrimônio Material


AV.  Brasil esquina Rui Barbosa - Praia da Alegria - GUAÍBA RS - BRASIL
A noite, aos  pé da Pedra de Xangô,  estão as  guerreiras da Assobecaty, elas  trabalharam para  garantir a comunicação, alimento,cerimonial, recepção, som e o nosso sagrado. Essas  mulheres são uma pequena parte do movimento 13 de maio Abolição Não Conclusa para as Mulheres Negras, são mulheres que lutam no cotidiano para romper com as estruturas machistas e racistas.
  localizaçâo da PEDRA DE XANGÕ Patrimônio Material

AV.  Brasil esquina Rui Barbosa - Praia da Alegria - GUAÍBA RS - BRASIL

domingo, 19 de setembro de 2010

SAIBA TUDO SOBRE A PEDRA DE XANGO GUAÍBA

A Pedra de Xangô

Este espaço tem como finalidade reunir informações históricas sobre a Pedra de Xangô na Praia da Alegria - município de Guaiba/RS e fortalecer a memória da Religião de Matriz Africana.

A PEDRA DE XANGÔ possui em sua natureza uma riqueza de significado sagrado, principalmente os valores civilizatórios africanos. Também é uma fonte de possibilidades para estudo de conceitos científicos, fator que pode instigar o interesse no âmbito do exercício docente e da pesquisa.

A Ação da ASSOBECATY sustentada pelas Comissão Permanente e Impulsora da Semana Municipal da Umbanda e das Religiões de Matriz Africana despertou nos religiosos a sua condição de ambientalista natos, que os transforma, além de sacerdotes das religiões Afro- Brasileiras com compromisso de transmitir o sagrado, também agentes que tem a condição natural de preservação da natureza sendo fator determinante para o fortalecimento e a restituição do Axé, Mãe Carmen de Oxalá.

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O que é Alujá

Alujá é um toque especifivco do orixá Xangô que ritmo produzido pelo som dos atabaques aceleram em ritmo crescente, os passos de quem acompanha a dançã gestos simbolizam a saga de guerreiros , os atabaques aceleram gradativamente o ritmo tornando mais vibrante os passos dos que dançam.
" A cadência se acelera ele faz o gesto de quem vai pegar numa !alabá" (bolsa de couro imaginário as pedras de raio de lançá-las sobre a terra"(Verger, 1997;140
_____________________________________________________________________________________Bairro Alegria

Balneário Alegria

A antiga sesmaria das Pedras Brancas envolvia boa parte do que é hoje o Município de Guaíba. Localizado á margem direita do lago Guaíba apresenta belas paisagens e praias naturais que sempre foram apreciadas desde os tempos da ocupação indígena na região.

Já no século XIX o nome "Alegria" era conhecido, como vemos no inventário de morte de Gomes Jardim, fazendo referência à antiga "Charqueada da Alegria".

Este lugar composto por excelentes pastagens comportava rebanhos bovinos que pertenceram tanto a Gomes Jardim como a seus descendentes, chegando a ser conhecido também, como "Ponta do Angélico" (exatamente onde hoje encontramos a empresa ARACRUZ). Sua vocação para o turismo de lazer e descanso levou desde o início do século XX, as pessoas a procurarem a localidade para veraneio e período de férias.

A organização urbana do Balneário Alegria se deu a partir da década de 1920. Contou com a compra feita por parte de um sucedido comerciante da pequena vila das Pedras Brancas, Silvestre Alves da Silva, de descendentes de Gomes Jardim. As características de um ambiente prazeroso e relaxante foi o que fez com que a conhecida Praia da Alegria atraísse grande número de pessoas principalmente nos meses de verão. Lá, se encontravam bons hotéis, restaurantes e muito lazer. Os hotéis mais famosos da história de Guaíba sem dúvida foram da Alegria, entre eles o Hotel Gaúcho, de João Sthal e o Hotel Zimmer inaugurado em 1932.

De Porto Alegre chegava–se até o balneário através de vapores e depois de embarcações a óleo diesel. O vapor Santa Cruz foi um deles. Estas embarcações vinham com lotação máxima e a população do balneário dobrava em tamanho.

Muitas festas aconteciam, desde casamentos, piqueniques, carnavais, serestas, procissões ligadas a Igreja da Paz, como as procissões em nome da Padroeira, Divino Espírito Santo, Ternos de Reis e outras festividades incluindo as de caráter político – partidária.

O prédio da Igreja da Paz foi construído na década de 1950, e assim como o Pórtico da Alegria (Pórtico Otaviano Manoel de Oliveira Júnior, 1942) representam ser marcos da mobilização e força de organização da comunidade que buscou apoio para suas ações junto aos poderes Municipais. Criou-se também, a Associação Amigos do Balneário Alegria (SABA) para atender a população moradora e visitante em suas festas.

Na praia da Alegria, por sua natureza exuberante, encontramos a presença dos cultos e ritos afro-brasileiros. Por este motivo temos próxima a Empresa Viação Guaíba, a conhecida Pedra de Xangô; na extremidade direita da praia, a imagem de Nossa Senhora da Conceição (na visão católica) e Mãe Oxum (na visão de matriz africana) que compõem há trinta e nove anos um assentamento religioso resultado do sincretismo nascido no interior das senzalas na época da escravatura no Brasil. Encontramos também, há 27 anos a festa de Iemanjá realizada pela Casa de Religião conhecida como "Estrela do Oriente" de Mãe Arlete de Iemanjá, e que ocorre anualmente nas areias da praia.

Em sua extremidade esquerda, está o monumento conhecido como o "Marco Farroupilha" marcando um lugar de memória. O monumento, inicialmente construído por restos das paredes da antiga charqueada, foi acrescido de uma placa em bronze, mandada fazer pelo então prefeito Maurício Lessa, para lembrar o lugar de onde saíram 60 farrapos, liderados por Gomes Jardim, na noite de 19 para 20 de setembro, ás 23 horas, para tomarem Porto Alegre, iniciando assim, a Revolução Farroupilha. Este fato se deu no ano de 1935, pelos festejos ao centenário farroupilha. Mais tarde, por volta da década de 60, os restos de paredes foram substituídos pela atual estrutura em pedra granítica, a qual, abriga uma placa, também em pedra, que veio substituir a antiga construída em bronze, por esta ter sido roubada do local.

Durante a primeira metade do século XX, tivemos o balneário ocupado por muitas famílias alemãs. Desta forma encontramos casas que lembram a arquitetura alemã e que hoje estão desaparecendo da paisagem local. Estas famílias buscaram refúgio das Grandes Guerras Mundiais que assolaram a Europa em 1914 e 1941.

Em 1972, houve a inauguração da empresa norueguesa BORREGARD, construída ao lado do Balneário. O alto impacto ambiental causou a decadência das praias, o fechamento dos hotéis e restaurantes, o lugar foi sendo abandonado pelas famílias veranistas.

Com a poluição causada pelas indústrias e esgoto cloacal, hoje os órgãos ambientais proíbem o banho nas águas do Guaíba. Porém, a praia, com o tempo, passou a ser freqüentada pela população de baixa renda a qual não possui alternativa de lazer no verão e acaba recorrendo à única opção possível.

Apesar da poluição e todas as transformações sofridas no balneário, a "Praia da Alegria", continua sendo um espaço especial e diferenciado por sua natureza, paisagem e encantamento.

Autora: Míriam Ericksson Leão
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  localizaçâo da PEDRA DE XANGÕ Patrimônio Material

AV.  Brasil esquina Rui Barbosa - Praia da Alegria - GUAÍBA RS - BRASIL

terça-feira, 14 de setembro de 2010

3º ALUJÁ NA PEDRA DE XANGÕ

Dia 28 de setembro acontecerá o 3º Alujá na Pedra de Xangô , A SSOBECATY e a Comissão Permanente da Semana Municipal da Umbada e Religiões de Matriz Africana contam com o apoio da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura.
Participe.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Mãe Carmen de Oxalá é nova Coordenadora da Comissão Acompanhamento da pesquisa socioeconômica e cultural das comunidades tradicionais de terreiros, no sul do país

Mãe Carmen de Oxalá  é a nova coordenadora da Comissão de Acompanhamento da Pesquisa Socioeconômica e Cultural das Comunidades Tradicionais de Terreiros fotos 10 079. Na reunião final do mapeamento do Axé, Mãe Carmen de Oxalá, por aclamação tomou posse como coordenadora da Comissão , que foi  um dos critérios da metodologia para a realização do inventário de terreiros no Rio Grande do Sul.
A pesquisa foi executada pela Associação Filmes de Quintal, a solicitação foi o MDS,Ministéio do Desenvolvimento Social, Fundação Cultural Palmares, SEPIR - Secretaria Especial de Politicas para a Igualdade Racial e UNESCO.
Conhecendo-se a história de luta de Mãe Carmen de Oxalá, a escolha não poderia ser melhor. Filha biológica e sucessora de Mãe Quina de Yemanjá  no terreiro tradicional ASSOBECATY- Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá,  ela vem travando uma batalha há 3 anos , com o poder público do Municipio de Guaiba, pelo restauro da Gruta de Oxum da Praia da Alegria  e a Praça na Pedra de Xangô, processo que delata o descaso e ação intolerante com o sentimento de pertencimento dos  religiosos de matriz africana  sobre os Patrimônio Imaterial.
Parabéns a Mãe Carmen de Oxalá  muito axé em mais essa luta .

  localizaçâo da PEDRA DE XANGÕ Patrimônio Material

AV.  Brasil esquina Rui Barbosa - Praia da Alegria - GUAÍBA RS - BRASIL