Centenas de pessoas prestigiaram a 1ª Conferência de Mulheres Yás
Em Comunidade Tradicional de Terreiros em Outubro 6, 2011 às 10:18 am
Esse é o Balneário Alegria , onde está
localizado a Pedra de Xangô e a Gruta de Mãe Oxum na Praia da Alegria,
esse é o espaço onde religiosos vem lutando pelo reconhecimento de
patrimônio Imaterial. Este cenário abrigou religiosas do estado para:
ABERTURA DA CONFERÊNCIA DE MULHERES YÁS DE TERREIROS TRADICIONAIS
"
Durante dois dias, em Guaíba , reuniram-se
Mulheres Yás de Terreiros Tradicionais com suas filhas de santo.
Assistiram painéis de debates, apresentações culturais.
Participaram de discussões , trocas de experiências , principalmente nos trabalhos de grupo, onde indicaram as propostas de diretrizes, as quais foram objeto de votação no plenária final, cujas resoluções foram pauta finais na 1ª Conferência Estadual de Mulheres Yás de terreiros Tradicionais.
Participaram de discussões , trocas de experiências , principalmente nos trabalhos de grupo, onde indicaram as propostas de diretrizes, as quais foram objeto de votação no plenária final, cujas resoluções foram pauta finais na 1ª Conferência Estadual de Mulheres Yás de terreiros Tradicionais.
Nos dias 24 e 25 de setembro, datas que ficaram marcadas na história do Estado. O evento ocorreu na Praia da Alegria, possui
lugares que fascinam os visitantes,por sua beleza e encantos natural. O
cenário é de contemplação, e de tamanha beleza, justifica a
digna escolha para o registro oficial da 1ª Conferência Estadual de
Mulheres Yás de Terreiros Tradicionais e o 4º Alujá na Pedra de Xangô.
Por essas razões temos o compromisso de partilhar a memória visual.
As três edições de conferência estadual de mulheres no estado do Rio Grande do Sul, existia uma laguna, não falavam das necessidades de politicas especificas para as mulheres mães de santo que comandam casas de tradição. Este ano o relatório final da 4ª Conferência, vai constar o protagonismos da 1ª Conferência de Mulheres Yás de Casas Tradicionais, para essa ação foi constituído em GT para organizar um conjunto de casas chamar a conferência, para ser discutido temas de interesses desta comunidade para serem preenchidas as lacunas. Provocando uma intensa movimentação e muita celebração. De acordo com a ficha de credenciamento, centenas de pessoas participaram do evento.
Abertura Mística: Rompe o silêncio com toque
de atabaques e cânticos sagrados para os orixás, sob a responsabilidade
do Alabe Antônio Carlos de Xangô, mesmo ele tendo reconhecimento é bom
reafirmar que Alabê Antônio Carlos é de comunidade tradicional, onde os
seus pais biológicos, mãe e Pai e os 30 irmão todos foram tamboreiros.
Hoje ele é requisitado no Brasil, assim como em paises que possuem casas
que tem as nações do batuque do sul, como autoridade legitima do
tambor. Foi o máximo que as mulheres de terreiros se autorizaram a tê-lo
para abrir a conferência.
Composição da circularidade -
Senhor Henrique Tavares , Prefeito do
Municipio de Guaíba; Senhora Marcia Santana, Secretária Estadual de
Políticas para as Mulheres; Senhora Cláudia Mara Borges , Secretária
Municipal de Turismo e Cultura ; Senhora Jussara Brito, Conselho
Municipal dos Direitos da Mulher; Senhora Marina Toledo Presidente do
Banco de Alimentos de Guaíba; Senhora Geni Costa Leite, Representando as
Yás do Municipio de Guaíba; Senhora Valkiria de Oxum Olobá- de São
Leopoldo , Representando as Yás do Rio Grande d o Sul; Senhora Angelica
Mirinhã, Representando a CMP- central de Movimentos Populares ; Senhora
Carmen Lucia Silva de Oliveira- Representando ao Movimento 13 de maio
Abolição Não Conclusa para as Mulheres Negras;
Painel: O resgate da História das religiões de Matrizes Africanas.
Painelistas: Historiadora Samanta
REVISTA CONEXÃO AFRO
Painel 2 – Como Romper com o Preconceito
Painelistas: Mãe Rose – Alvorada
12h – Almoço AJEUM
15h30 – 17h –
Painel: Os Rituais e o Meio Ambiente.
Painelistas Mãe Élida – Associação Cultural do Povo Bantu.
Painel: A Sustentabilidade dos Terreiros tradicionais
Painelistas: Mãe Carmem – ASSOBECATY
Debate
No final da tarde o terreiro Inzo Muzambu
Nkisi Kaia dirigido por Mãe Geni de Iemanjá( KAIA), realizou um Toque
aos Caboclos da Umbanda.
A atividade Cultural, ficou com o Grupo de Capoeira Guarda Negra, que finalizaram ás atividades do dia 24 de setembro.
A Secretária de Turismo E Cultura preparou uma
surpresa com efeito visual, quando anoiteceu, todos ficaram
encantados com a iluminação da Pedra de Xangô
A Secretária de Turismo E Cultura preparou uma
surpresa com efeito visual, quando anoiteceu, todos ficaram
encantados com a iluminação da Pedra de Xangô. Convenhamos, ficou
maravilhoso cujo visual destaca a beleza exuberante da Pedra . Lugar
que por si só , já fascina os visitantes, pelos seus encantos
naturais.Apelo as questões das Comunidades tradicionais de Terreiros.
A noite, aos pé da Pedra de Xangô, estão as
guerreiras da Assobecaty, elas trabalharam para garantir a
comunicação, alimento,cerimonial, recepção, som e o nosso sagrado.
Essas mulheres são uma pequena parte do movimento 13 de maio Abolição
Não Conclusa para as Mulheres Negras, são mulheres que lutam no
cotidiano para romper com as estruturas machistas e racistas.
DIA 25 BRILHA O SOL NA PRAIA DA ALEGRIA, A MAGESTOSA PEDRA DE XANGÔ A REVOADA DE POMBOS : Aunciam, novos
Este é o anuncio de novos tempos, tempos de
esperanças , onde muito em breve teremos o inventário e
conseqüentemente o tombamento da Pedra de Xangô. Da mesma forma, que
chegou o momento de colocar as necessidades e reivindicações do feminino
negro do axé , com uma postura firme de exigir políticas públicas,
para as primeiras mulheres a trabalhar e produzir riquezas neste pais.
Para isso, usamos o adágio , as primeiras serão sempre as últimas, as
evidências apontam assim , por esses motivos , construímos a nossa
contribuição para os debates desta Conferência.
É o Manual para fazer a dferença para sempre,
para Mulheres Yás, elaborado por mulheres que dirigem casas de axé do
estado do Rio Grande do Sul, com o protagonismo do Movimento 13 de Maio
Abolição Não Conclusa para as Mulheres Negras, através da iniciativa da
casa Tradicional ASSOBECATY- Associação Beneficente Cultural Africana
Templo de Yemanjá e CMP-Central dos Movimentos Populares, onde vem
aprofundando as linhas de ação que consideram estratégicas, para a
promoção da igualdade de gênero. As mulheres deste movimento tem
pretenção de buscar o “ poder” , isto é a devida reparação ,
historicamente negada, às mulheres negras, as mulheres de comunidade
tradicionais de terreiros de fato, sim aquelas que vivem e enfrentam as
dificuldades dentro do Ilê , sem fugir de sua missão e trabalhando para a
sustentabilidade para deixar uma religião melhor para as próxima
gerações.
Nesse momento foi lembrado, se os participantes do municipio hoje discutem
Apresentação das proposta Mãe Carmen de Oxalá e Mãe Geni de Iemanjá (KAIA)
Apresentação das propostas Mãe Bere de Oxum e Mãe NIlza
Para a realização deste evento, não foi
suficiente ter a ideia, teve que ter a articulação. Foi realizado
convites para reuniões de formação de Grupo de Trabalho pró
conferência. Diante desta perspectiva esta Conferência de Yás entrou
para o histórico das políticas públicas.
Mesmo sendo uma conferência de Yás, foi muito
bem vindo apoio masculino, o Antônio Carlos de Xango, foi o que
representou o apoio masculino, fazendo o ritual de cânticos dos axé, de
fechamento da 1ª Conferência Estadual de Mulheres Yás de Terreiros
Tradicionais.
Alabê Antônio Carlos de Xango, tira os axés
que sinalizam o fechamento da 1ª Conferência Estadual de Mulheres Yás
de Terreiros Tradicionais.
AJEUM
O cuidado com as crianças é que vai garantir o futuro das nossas tradições.
REALIZAÇÃO : CMP
– Movimento 13 de maio abolição não conclusa para as mulheres negras,
ASSOBECATY- Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá,
Associação Cultural Povo Bantu – RS, AAFOT- Associação Amigos da Festa
de Oxum de Tapes, CMP- Central de Movimentos Populares, Revista Conexão
Afro, Sindicato dos Servidores Públicos da CUT/RS.
Muniz Sodré conceitua muito bem a
ancestralidade para o africano” o ancestral será um elemento venerado
que deixara uma herança espiritual sobre a terra, contribuindo para a
evolução da comunidade ao longo da sua existência. Pelos seus feitos é
tomado como referência ou exemplo. Este conceito se alonga à concepção
de ações, métodos e instrumentos que proporcionaria vantagens
materiais”.APOIO: SPM-
Secretaria de Politicas Públicas para Mulheres – RS, Prefeitura
Municipal de Guaíba – RS, SEDUC-Secretaria de Estado da Educação – RS,
SEDAC- Secretaria de Estado da Cultura – RS, SMPM – Secretaria Municipal
de Políticas para as Mulheres – São Leopoldo, SEPPIR- Secretaria
Especial de Politicas de Promoção de Igualdade Racial – PR, SDH-
Secretaria Especial de Direitos Humanos – PR, COMDIM – Conselho
Municipal dos Direitos da Mulher e Banco de Alimentos – Guaíba.
4 º ALUJA NA PEDRA DE XANGÔ
Elas testam o som, e se preparam para a
próxima, Assobecaty vai realizar a conferência especifica para a
juventude de terreiros .
Esses valores culturais, criados e
desenvolvidos , estão aos poucos desaparecendo, mesmo porque ,a forma de
vida, também nas zonas urbana, vai rapidamente se modificando. Querer
preservá-los em toda sua plenitude é impossível, porque ,não se pode
reter o curso da história.
Muniz Sodré conceitua muito bem a
ancestralidade para o africano” o ancestral será um elemento venerado
que deixara uma herança espiritual sobre a terra, contribuindo para a
evolução da comunidade ao longo da sua existência. Pelos seus feitos é
tomado como referência ou exemplo. Este conceito se alonga à concepção
de ações, métodos e instrumentos que proporcionaria vantagens
materiais”.
consciência nesse sentido, é não permitir que
desapareça a sua memória. São esses aspectos que conferem a identidade
peculiar do sentimento de pertencimento da Pedra de Xangô. Preservar
esse espaço é a preservar a memória da raiz africana . Essa é tarefa da
atual geração. Nela está empenhada todos os que passaram por este
espaço no decorrer de dois dias.
Muita expectativa para o inicio da celebração, Mãe Janaina de Iemanjá e Mãe Walkiria de Oxum Olobá : da cidade de São Leopoldo.
A Pedra de Xangô e Gruta de Oxum é um lugar de
ancestralidade na visão humana é vista como bem material, um
patrimônio material , para as comunidades tradicionais de Terreiros, o
mesmo espaço é entendido como herança de um determinado grupo ou
universal, que se perpetua enquanto memória concreta.
Muniz Sodré conceitua muito bem a
ancestralidade para o africano” o ancestral será um elemento venerado
que deixara uma herança espiritual sobre a terra, contribuindo para a
evolução da comunidade ao longo da sua existência. Pelos seus feitos é
tomado como referência ou exemplo. Este conceito se alonga à concepção
de ações, métodos e instrumentos que proporcionaria vantagens
materiais”.
Mãe Ida de Oxum, Mãe Carmen de Oxalá, Mãe
Nilza, Mãe Geni, de Iemanjá, Mãe Bere de Oxum, Mãe Viviane de Ogum Mãe
Claudia de Iemanjá, Mãe Têtê de Xangô.
Na Foto Pai Ratinho de Iansã, Mãe Ida de
Oxum, Mãe Nilza , Mãe Carmen de Oxalá, Mãe Geni de Iemanja, Pai Roni de
Ogum Pai Babi, Mãe Claudia de Iemanjá, Mãe Têtê de Xangô, Cacique Alex.
Pai Jorge de Adganjú,, Mãe Viviane de Ogum.
Para as duas atividades que transcorreu em
dois dia contou com o pretigio de religiosos e algumas delegações dos
municipios de Guaiba, Porto Alegre, São Leopoldo, Viamão, Esteio,
Pelotas, Tapes, Eldorado, Barra do Ribeiro, Alvorada, Gravatai.
Desta vez , quando anoiteceu a surpresa ficou
por conta do artista plástico Valdir Gomes, que iluminou toda a volta
da Pedra de Xangô. Lembrando que esta festa ao Orixá Xango está sendo
realizada a 4 anos graças ao empenho da Comissão Permanente da Semana
Municipal da Umbanda e das Religiões de Matriz Africana , que é composta
por religiosos, Mãe Geni de Iemanjá, Mãe Ana de Oxum, Mãe Jane de Obá
Desta vez , quando anoiteceu a surpresa ficou
por conta do artista plástico Valdir Gomes, que iluminou toda a volta
da Pedra de Xangô. Lembrando que esta festa ao Orixá Xango está sendo
realizada a 4 anos graças ao empenho da Comissão Permanente da Semana
Municipal da Umbanda e das Religiões de Matriz Africana , que é composta
por religiosos, Mãe Geni de Iemanjá, Mãe Ana de Oxum, Mãe Jane de Obá,
Mãe NIlza, Pai Roni de Ogum, Mãe Bere de Oxum , Pai Gerson de Ossanha,
Viviane de Ogum, Pai Jorge de Xangô Adganjú, Flora Santa Barbará e Mãe
Carmen de Oxalá, que conquistaram o apoio do poder público e da
comunidade que vem aderindo o evento .
,
Mãe NIlza, Pai Roni de Ogum, Mãe Bere de Oxum , Pai Gerson de Ossanha,
Viviane de Ogum, Pai Jorge de Xangô Adganjú, Flora Santa Barbará e Mãe
Carmen de Oxalá, que conquistaram o apoio do poder público e da
comunidade que vem aderindo o evento .
Nós de Comunidades Tradicional de Terreiros, que vivenciamos e acreditamos nos orixás, podemos afirmar, que fomos autorizados a realizar a vontade dos Orixás, Inkises que foi a realização da 1 ª Conferência de Yás e o Alujá de Xangô. Com essas palavras Mãe Carmen de Oxalá encerrou o evento .
“O dedo sábio da tradição e os olhos injenuos de quem aprende fazem juntos o futuro” José Clemente Pozonato”
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